sábado, 21 de março de 2009

MEU ALENTO

Hoje decidi que farei diferente. Em todas as minhas crônicas, nestes cinco anos escrevendo, sempre interpelei a você, leitora e leitor. Hoje é o dia de dedicar minhas palavras somente a uma pessoa, hoje é um dia muito especial na triste vida do bom Andryo e seus fios de barba na cara. E segue:

Querida,

Quem conseguiria descrever o turbilhão de emoções que nos fora arremessado nestes últimos dias? Nem eu, que vivenciei, mas, como tem sido até então, tentarei meu melhor, porque o melhor é o que você merece.

- Eu sabia que o santo de vocês bateria! Eu tinha que lhes apresentar um ao outro! - lembro das palavras daquela que nos concedeu uma incrível semana!

E não é que ela tinha razão? Penso agora em descrever todas as coisas pelas quais me agradei de você. Penso nisso, naquilo, naquele outro. A segurança do seu olhar, sua incrível maturidade, cuja jamais encontrei em qualquer senhorita, talvez nem em qualquer pessoa; enfim, já estou começando a descrever, mas descrever seria limitar, pois nem que eu passe a vida inteira tentando, a tarefa de descrever porque meu coração agora está acelerado seria uma tentativa frustrada.

Que tal descrever minha aflição, quando no sábado cheguei correndo em atraso ao ponto de encontro? Não. É claro que não. Melhor escrever sobre quando você veio a meu encontro e, quando já cansado estava eu, desconsertou o que havia restado de mim, deixando-me sem ação. Daquele momento em diante, moça alguma que caminhe em direção a um homem conseguirá ser mais linda e sedutora que você.

Daria qualquer coisa no propósito de saber se o mundo parou para ti como parou para mim, quando nos beijávamos e nos abraçávamos pela primeira vez. Após ter lhe dito tudo o que estava sentindo, ver seus lindíssimos olhos lacrimejados fez-me realizado. Ai, do homem que não busca tocar desta forma o coração de uma senhorita. Não é homem, é um covarde.

E que seja brega, meu amor. Que seja retrógrado, old fashion, das antiga, eu não me importo, de verdade. Dia após dia não me sai você dos pensamentos, a divagar sobre como tudo isto aconteceu assim, tão repentinamente, um verdadeiro encontro de dois amores. Chamam de paixão, e que passa logo, mas as experiências que vivi dizem o contrário, e o vivido, sem sombra de dúvidas, de longe têm maior valia que o teórico. O vivido é meu anseio de estar junto a ti, como quando na mesa do bar você recostou suas preocupações em meu peito, e eu a deitei em meus braços a te beijar, como se nada ao redor importasse, apenas seus lábios macios. Este anseio me aperta o coração, mas isto apenas fortalece meu sentimento por ti, e a lembrança do teu beijo me conforta a alma, a saber, que finalmente encontrei a mulher de minha vida.

Olho para você e só o que penso é em te fazer feliz, porque você me trouxe conforto, é o alento do meu dia-a-dia. Acordo disposto, trabalho bem, minuto a minuto penso em ser alguém melhor, e você é a única pessoa no mundo que me faz sentir assim. Dos meus defeitos, o maior é não controlar minhas emoções – talvez a essência do nato artista, pela qual o mesmo sofre sérias consequências – só você é capaz de moldá-las, e eu a louvo e admiro por isso.

Sabe, não existe nada dentro de mim que não seja de boa intenção, e um imenso desejo de fazer com que você se sinta a mulher mais realizada do mundo. Jamais me permitirei deixar passar este tornado que dentro de mim se formou, este bem-estar, este renovo, o fôlego de vida que você me presenteou ao entrar para meu cotidiano. Você é meu mais novo sentido de existência, sua felicidade é meu ideal, e tudo isto que dentro de mim explode como uma festa de fogos de artifício faz-me ter a liberdade de dizer, com total segurança, que eu amo você, Thays.


Meu alento, meu conforto, minha metade, meu amor.


Blumenau, 16/03/2009.